Ferramenta identifica vírus específicos para combater bactérias perigosas

A procura de atacantes capazes de destruir agentes patogénicos multi-resistentes foi encurtada: o objetivo é desenvolver terapias contra infecções sem antibióticos

18.03.2025
Dr. Johannes Richers and Dr. Christoph Kuehne (Jo Richers Studio), commissioned by University of Tübingen/CMFI

PhARIS (Sistema de Identificação de RBP de Fagos Aureus): Um novo instrumento identifica proteínas específicas de ligação a receptores em fagos e determina o potencial para infetar o agente patogénico bacteriano Staphylococcus aureus.

Uma ferramenta laboratorial recentemente desenvolvida ajuda a identificar, em poucas horas, vírus específicos que podem ser utilizados para destruir variantes do perigoso agente patogénico Staphylococcus aureus. Os vírus bacterianos, conhecidos como bacteriófagos ou fagos, oferecem uma abordagem de tratamento alternativa aos antibióticos, especialmente para os agentes patogénicos multi-resistentes. A nova ferramenta poderá dar um contributo importante no futuro para as terapias com fagos que ainda estão a ser desenvolvidas e que ainda não são utilizadas como padrão na Alemanha. Foi desenvolvida por uma equipa de investigação liderada pelo Professor Andreas Peschel do Cluster de Excelência "Controlo de Microrganismos para Combater Infecções" (CMFI) da Universidade de Tübingen e publicada na revista Cell Reports.

Os germes multi-resistentes representam uma ameaça crescente para a saúde mundial. Entre eles está o Staphylococcus aureus, um agente patogénico frequentemente encontrado em hospitais que pode causar inflamações graves e até septicemia. Na sua forma multi-resistente, o MRSA, é muito difícil de tratar. "Os antibióticos são uma das nossas armas mais importantes contra as infecções, mas cada vez mais constatamos que já não funcionam ou causam demasiados efeitos secundários", afirma Andreas Peschel, líder do estudo. "Os fagos, por outro lado, são altamente específicos e podem eliminar agentes patogénicos individuais sem perturbar o resto do microbioma promotor da saúde do paciente."

Transformar o inimigo do inimigo num amigo

A terapia fágica utiliza o facto de os bacteriófagos infectarem especificamente certas variantes bacterianas, multiplicarem-se nelas e, por fim, destruí-las. Isto liberta novos bacteriófagos que podem combater outras bactérias. "No entanto, devido à sua especificidade, deixam de se poder multiplicar quando todas as bactérias patogénicas são eliminadas", explica Janes Krusche, do Cluster de Excelência CMFI, primeiro autor do estudo. Uma das dificuldades desta terapia reside na escolha do bacteriófago correto. Krusche é o principal responsável pelo desenvolvimento da nova ferramenta de identificação de fagos (Phage Aureus RBP Identification System; PhARIS). O PhARIS analisa o material genético dos fagos e utiliza proteínas específicas de ligação ao recetor para identificar se um fago é capaz de infetar uma variante específica do Staphylococcus aureus, explica Krusche.

Peschel e Krusche vêem um grande potencial na ferramenta para terapias com fagos no tratamento de infecções de feridas e infecções associadas a implantes. A equipa de investigação planeia continuar a desenvolver o sistema para outros agentes patogénicos. O objetivo é fazer do PhARIS uma ferramenta padrão para os laboratórios utilizarem fagos rápida e eficazmente como alternativa terapêutica aos antibióticos para muitas infecções bacterianas diferentes.

"As infecções com germes multi-resistentes e difíceis de tratar estão entre os maiores desafios médicos do nosso tempo em todo o mundo. Os novos resultados da investigação do Cluster de Excelência CMFI de Tübingen demonstram de forma impressionante como a investigação fundamental é essencial nesta área. Com o PhARIS, os nossos investigadores desenvolveram uma ferramenta inovadora que poderá acelerar a seleção de fagos adequados para futuras terapias, criando assim um benefício direto para os doentes. Estes excelentes resultados de investigação sublinham, uma vez mais, a posição de liderança internacional da microbiologia e da biologia das infecções em Tübingen", afirmou a Professora Dr.ª (Dōshisha) Karla Pollmann, Reitora da Universidade de Tübingen.

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